sábado, 28 de dezembro de 2013

Meu?


Dizia Einstein que a realidade é uma ilusão... embora muito persistente.

Passa-se algo semelhante com o nosso sentido de posse. Uma coisa que fique perto de nós por muito tempo... começamos a achar que é nossa. A minha casa, a minha mãe, o meu carro, o meu emprego, o meu carro, o meu dinheiro, a minha terra e até o meu corpo, são meus apenas temporariamente. Mesmo com um registo de propriedade devidamente autenticado em notário, tudo o que temos um dia deixará de ser nosso. É apenas uma questão de tempo que nos separa da sua perca. 1 ano, 10 anos, 90 anos?
O nosso corpo por exemplo pertence à Terra.
Porquê então esta necessidade de nos iludirmos com a posse de alguém ou de alguma coisa? Para nos sentirmos especiais? Ou por medo da solidão e do fracasso?
Quem disse que quem possui muitas coisas ou pessoas está bem de vida, tem sucesso e vive acompanhado?
Sabemos hoje pela ciência que a maior parte da matéria visível é composta de espaço vazio. Podemos então dizer que quem mais matéria possui mais espaço vazio lhe pertence, :)

As coisas e pessoas que parecem ser nossas, apenas estão a nosso cuidado durante algum tempo. É como se fosse um aluguer. É como se fosse uma "experiência" como agora se diz. Temos a boleia de um automóvel durante algum tempo ou a experiência de uma casa ou de um emprego ou de uma roupa, tal e qual como um turista quando visita um dado local. Depois mudamos de cidade ou a viagem termina e não vale mesmo a pena perdermos grande energia a pensar no passado. Ele não é nosso. Nada é nosso.
Mudar pode ser para melhor.
Voltar a casa também pode ser bom.
Deus, o amor eterno, a nossa essência ou como quisermos chamar-lhe, pode lá estar para nos receber. E Ele é um grande poeta!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Bebés não vêm do sexo

Conta-se que numa tribo primitiva, quando nascia um bebé, todos pensavam que era uma obra divina. Não sabiam que a origem de tal situação residia num acto sexual realizado 9 meses antes.
Mesmo que alguns elementos mais inteligentes da tribo tenham chegado à conclusão empírica de que os dois acontecimentos, bebés e acto sexual, estavam correlacionados, nunca conseguiram provar à comunidade essa sua teoria. Afinal haviam casos de actos sexuais que não resultavam em gravidez, porque eram realizados em períodos ou com pessoas inférteis e, não havendo uma relação de causa-efeito, 100%
comprovada, com um tempo tão grande entre os dois acontecimentos, não se podia facilmente comprovar que os bebés resultavam do acto sexual entre homem e mulher. O assunto pertencia ao domínio da crença e da fé. Uns acreditavam que fazer amor dava origem a novos seres. Outros achavam que isso era uma perfeita idiotice. Especialmente os homens não deveriam querer que isso pudesse ser verdade para assim se sentirem livres da responsabilidade de serem pais de muitos filhos ao fazerem sexo com o maior número de mulheres.

Só quando se inventou o microscópio e se pode ver um processo de fertilização é que o assunto ficou comprovado cientificamente. Em certas circunstâncias, o sexo produz bebés. Até essa altura, apesar de todas as deduções lógicas comprovadas por gerações e gerações, muitas dúvidas e muitas histórias e crenças subsistiram sobre este assunto. Segundo alguns, a Lua ou o Sol podiam influenciar o processo de fertilização e a gravidez. Segundo outros era Deus que comandava as operações.

A nova ciência que estuda os efeitos da mente sobre a matéria debate-se com este problema de credibilidade pois deverão haver matérias onde o conhecimento científico ainda não chegou que limitam a prova científica de muitas deduções lógicas que se vão tendo em resultado de várias experiências.
A felicidade torna as pessoas mais jovens? O stress mental provoca doenças físicas? Um corpo mais alcalino e oxigenado é mais imune a doenças? A telepatia existe? A mente pode influenciar a evolução da matéria? E a emoção? Se as células do nosso corpo se renovam todas ao fim de alguns meses porque é que certas doenças crónicas se mantêm? A cura à distância ou através de oração, comprovada em algumas situações, funciona de que maneira? Como funcionam as curas espontâneas de certas doenças consideradas incuráveis pelos médicos? Como funciona o efeito placebo? De onde vem a inspiração e a criatividade? Para onde vamos quando morremos? Existem seres de outros planetas? E de outras dimensões?

Poderão algumas coisas que dominam a nossa vida actual estarem relacionadas com algo que ocorreu há 9 dias, há 9 meses ou há 9 anos atrás? E se for há 9 vidas atrás?

Para tentar explicar tudo isto, teoriza-se sobre um campo de energia do ponto zero que liga tudo e todas as coisas, numa lógica de espaço e tempo desconhecida, ou sobre a existência de antimatéria, ou sobre a teoria das cordas que ligam várias dimensões mas, na verdade, não se conhecem os detalhes como por vezes certas coisas funcionam e outras vezes não. E, por isso, tentam descredibilizar-se algumas das descobertas ou suspeitas mais recentes da ciência. É mais seguro manter as coisas à moda antiga mas algumas verdades científicas do passado estão a ficar muito difíceis de manter. Só uma mudança de percepção permite observar alguns dos milagres que a nova ciência está a apontar.

A relutância de aceitar algumas das novas descobertas científicas é muito semelhante à crença dessa tribo primitiva de que os bebés vinham por acaso ou por magia. 

Afinal, pensando bem, cientificamente falando, continua a não haver uma verdadeira relação 100% de causa efeito entre sexo e bebés. Por isso podemos dizer que, à luz do método científico mais ortodoxo, não se pode provar que os bebés vêm do sexo. É Deus, esse poeta, que faz tudo acontecer, umas vezes sim e outras vezes não, não é?

domingo, 10 de novembro de 2013

Má programação não é avaria

Estudos científicos comprovam que renovamos todas as células do nosso corpo ao fim de algum tempo. Alguns tecidos são todos renovados em poucos dias como por exemplo o epitélio intestinal, outras demoram cerca de 1 mês como por exemplo a epiderme da pele e outras alguns meses ou anos como o caso do esqueleto.
Todos sabemos que um osso partido se repara naturalmente ao fim de umas semanas ou que uma hemorragia provocada por um corte na pele sara ao fim de alguns minutos. Dado que o corpo possui um mecanismo de renovação celular, a pergunta que ocorre quando meditamos sobre este assunto é porque é que certas doenças crónicas ou deformações se mantém anos e não se curam, naturalmente também? Porque é que uma tatuagem não desaparece? Porque é que certos tumores depois de removidos reaparecem? Ou ainda mais curioso como é que certos medos, fobias ou alergias se mantém durante toda uma vida.
Parece haver uma inteligência e uma memória em cada minúscula célula do nosso corpo que faz com que ela, antes de morrer, ensine as suas vizinhas mais novas, como é que se devem comportar no futuro. É uma espécie de sociologia celular que cria uma crença e um hábito que se mantém ao longo do tempo. Uma célula da derme pintada com tinta azul, no seu processo de reprodução dá origem a outra célula azul. Uma célula que tem medo de morrer começa a criar uma célula cancerígena e a procurar aliadas para a sua luta. Uma célula do pulmão quando detecta um ácaro, mesmo sem nunca ter visto nenhum anteriormente, fica em pânico e, em sintonia com as células vizinhas, provoca dificuldades respiratórias durante alguns minutos - o que chamamos de asma.
Podemos chamar à asma uma avaria do corpo? Ou a uma azia? Ou a uma dor de cabeça? Ou a um tumor? Podemos dizer que um toxicodependente tem uma avaria no corpo? Ou que uma depressão é uma avaria do cérebro?
Quem trabalha com informática sabe que há o hardware e o software. Quando o software está mal programado pode provocar um mau funcionamento do computador, mas será que podemos chamar a isso "avaria"? Um vírus informático é uma avaria ou apenas má programação temporária.
Em meu entender "má programação" não é propriamente uma avaria. Normalmente não é necessário remover peças do computador. A não ser em casos muito especiais em que o software provoca danos físicos no hardware, basta uma pequena reprogramação no software para que tudo fique, novamente, a funcionar na perfeição. Software e Hardware estão relacionados tal como a nossa mente se relaciona também com o nosso corpo.
Existem inúmeras técnicas que nos permitem reprogramar a nossa mente a também as nossas células até um certo ponto. A medicina oriental, por exemplo, foca a sua eficácia numa aproximação estratégica holistica ao processo de cura. Um médico chinês não está muito preocupado com o local do corpo onde a doença reside mas na programação do equilíbrio de todos os órgãos. Na medicina ocidental o efeito placebo começa a ser estudado com algum detalhe apontando outro tipo de programações celulares eficazes automáticas, provenientes da relação de confiança entre o médico e o doente. 
A psicoterapia, o coaching e a programação neuro-linguística são outros exemplos de técnicas de reprogramação mental que podem contribuir decisivamente para a reprogramação celular de alguns dos nossos órgãos, a começar pelo cérebro.
Há milagres de cura espontânea a acontecer todos os dias, sem uma explicação científica plausível. Alguns investigadores atribuem esta cura a um processo quântico relacionado com a reprogramação celular.
Quando algum órgão do seu corpo ficar doente faça a si próprio a seguinte pergunta: O que é que posso mudar na programação da minha vida diária, especialmente dos meus pensamentos e rotinas, que possa ajudar esse órgão a curar-se a si próprio?
Pode não ser uma avaria. Pode não ser necessário removê-lo ou substituí-lo.
O nosso corpo não é um automóvel. Os médicos não são mecânicos.
Somos um rio de vida correndo, da nascente até à foz, parecidos com um computador que é comandado por um software sempre em evolução, programado na mente pessoal e colectiva de cada pessoa e também de cada célula ou grupo de células do nosso corpo.
Acho que Deus gosta que você aprenda a reprogramar-se. :)
Será um poeta informático?


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Sofrimento ou prazer especial?

Quando nos contam uma história como aquela da mulher portuguesa em França que manteve um bebé recém nascido na mala do carro durante 2 anos, ficamos roídos de indignação. Se começarmos a analisar mais em detalhe os factos, e a imaginar desde o cheiro até à fisionomia dessa criança que durante os primeiros 2 anos da sua vida não viu quase a luz do dia e como irá ser o seu futuro, o sentimento da raiva pode apoderar-se de nós e deixar-nos num estado de dor, mágoa e revolta que não nos faz sentir muito bem.

"O melhor é ignorar o assunto" - dizem alguns. "Não se pode ficar indiferente a um crime tão horrível como este!" - dirão outros.

Ora bem, se observarmos com serenidade, à distância, o que se passa no nosso planeta todos os dias, veremos que há, por um lado, uma dor gigantesca a afectar milhões de seres humanos e, por outro, um prazer também gigantesco a bafejar outros tantos milhões.
Morrem por dia cerca de 20.000 pessoas à fome e a maioria são crianças. O que podes fazer?
Mais de 1.000 milhões de seres humanos não têm ainda água potável para beber. O que podes fazer?
Dezenas de milhar de crianças em todo o mundo são abusadas por pedófilos todos os dias? O que podes fazer?
Milhares de pessoas morrem diariamente devido a problemas derivados do excesso de comida e da obesidade. O que podes fazer?
Milhões de animais são abatidos diariamente para alimentar os humanos? O que podes fazer?
Ao mesmo tempo:
Milhares de crianças e animais abandonados são diariamente adoptadas e passam a ter uma vida melhor. O que podes fazer?
Milhões de pessoas fazem amor todos os dias. O que podes fazer?
Milhões de pessoas partilham coisas e afectos todos os dias. O que podes fazer?
Milhões de pessoas têm água potável, electricidade e comem 4 refeições por dia. O que podes fazer?
Milhões de pessoas desfrutam com prazer da natureza, da terra, do mar, do sol, do ar, das plantas e animais. O que podes fazer?

Perante a nossa impotência diante de tamanha dimensão podemos sempre escolher o lado da dor ou do prazer de uma forma global. E até temos o poder de mudar a nossa percepção das coisas. Talvez o maior poder do ser humano...

Só que... de vez em quando... esquecemos mesmo este quadro tão gigante do nosso planeta e ficamos presos no nosso pequeno prazerzinho ou sofrimentozinho especial. Na roupa nova que acabámos de comprar ou no crime do bebé de França.
Para quê?
Para aprendermos o quê? Sobre o mundo? Ou sobre nós próprios?

Deus dá-nos estes exercícios de casa todos os dias. É mesmo um grande professor este poeta :)

domingo, 1 de setembro de 2013

Exceção

Quando observamos a natureza podemos reparar no especialismo de Deus quando criou algumas coisas. Por exemplo todos os animais que voam são aves com exceção do morcego. Todos os animais com barbatanas e cauda que nadam em alto mar são peixes com exceção do golfinho e da baleia que são mamíferos. Todos os planetas do sistema solar são inóspitos com exceção da Terra onde pode existir vida. Todos os animais são irracionais exceto o homem.

Assim o homem vai tentando copiar Deus na sua criação deixando exceções em vários domínios:

Proibição de drogas
É proibido tomar ou vender drogas em quase todo o mundo, exceto se for um médico a receitar ou, caso seja uma bebida alcoólica, desde que se tenha mais de 18 anos, todos podem beber.

Proibido conduzir automóvel sem carta de condução
Não é permitido conduzir um automóvel antes de ter 18 anos e passar por um rigoroso exame de código, onde se aprendem as regras e de um outro exame prático onde se avalia a capacidade de manobrar os comandos complexos dessa máquina de 4 rodas que domina a movimentação de pessoas em todo o mundo. Mas, se for um Microcar já não há problema. Todos podem conduzir e andar na via pública com essa máquina de exeção, sem exame de código e logo aos 16 anos.

Proibido vender sem emitir factura
Qualquer empresa, empresário individual ou estabelecimento comercial é obrigado a passar factura de todos os seus produtos e serviços. As multas são pesadas e a fiscalização está muito activa. Mas... o que é que se passa nos mercados, feiras e festas populares por todo o país? O que está a polícia a fazer por lá?
É uma exceção. Tudo pode ser vendido ser factura nesse espaço.

Inspecção higiénica
Todos os estabelecimentos que vendem comidas e bebidas ao público são obrigados a respeitar apertadas normas de higiene. E os feirantes? E as roulotes de bifanas e farturas, queijos, pão e enchidos?
  
Proibido estacionar em cima do passeio
Porque é que quando há um evento público de grande dimensão esta regra pode ser violada? Estacionamento em 2ª fila, a bloquear outras viaturas, em vias rápidas, tudo é permitido nessa altura, desde que o Benfica jogue ou haja um concerto ao vivo ou a visita do Papa.

Proibido usar armas na via pública
Exceto se for caçador ou polícia ou segurança

Proibida a construção em zona protegida
Exceto se for a reconstrução de uma casa velha

Proibido usar bikini ou calção de banho na rua
Exceto junto a uma praia ou piscina







segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Vimos das estrelas

Qual a razão de existirem (pelo menos) 118 elementos químicos? 
Cada um deles, um átomo, com um número específico de protões e igual número de electrões, desde o hidrogénio com 1 até ao Ununoctium com 118, foi até há pouco tempo um mistério da ciência, no que diz respeito à sua origem. 
Ao observarmos o espaço cósmico deparamos com uma infinidade de estrelas que são constituídas essencialmente por hidrogénio (1 protão) e hélio (2 protões). É da fusão atómica do hidrogénio para hélio que se liberta o elevado calor produzido pelas estrelas. 
Então porque existe tanta variedade de elementos? 
A ciência acredita hoje que é das gigantescas explosões das estrelas, chamadas de supernovas, que se formam todos os outros átomos e, portanto, os elementos químicos existentes no nosso planeta e noutros planetas do universo. Nessas explosões estrelares violentas, com pressões e temperaturas extremas, os protões juntam-se uns aos outros em diferentes unidades, dando assim origem aos vários elementos químicos. Nos átomos que ficam com 6 nasce o carbono, com 8 o oxigénio e, por exemplo, com 79 o ouro. No nosso planeta abunda o carbono, a água (oxigénio e hidrogénio)o azoto, o ferro, o silício e o sódio entre outros, sendo muito mais raro o ouro a platina e o titânio. No corpo humano abundam muitos dos elementos químicos da tabela periódica, sendo o carbono, o oxigénio e o hidrogénio (a água) predominantes. 
Somos pois, feitos de pó das estrelas. 
Numa versão menos romântica, somos... uma espécie de lixo nuclear das supernovas. 
Na explosão e morte dessas estrelas nasce pois a vida química que conhecemos com toda a variedade de elementos e átomos. A estrela destruída evolui então para um quasar ou para um buraco negro conforme a sua dimensão, deixando ao seu redor uma nuvem de elementos químicos e de vida. A vida e a morte em ciclo constante... Deus a fazer a sua poesia...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Realidade ou ilusão?

Está comprovado cientificamente que cortar pêlos com lâmina de barbear não faz crescê-los mais fortes, sabia? Mas há quem continue a acreditar que a depilação com cera é mais eficaz. Em qual das histórias você ainda acredita?
Orientamos quase toda a nossa vida baseados em crenças, muitas delas sem qualquer fundamento lógico ou científico. Algumas dessas crenças resultaram de uma história contada por alguém em alguma época histórica e que ficou até hoje na nossa memória. Como muitas dessas histórias alimentam interesses económicos, quem tenta contar uma história contrária é normalmente ridicularizado não só pelos mais interessados como também pelo eco-sistema circundante. Levado ao extremo a negação ou perturbação de uma crença pode mesmo levar a actos de violência. Julgo que isto tem a ver apenas com o medo da mudança que está subjacente ao ego de cada ser humano e talvez o mito ou crença mais importante seja mesmo o de que 
Mito 1 - Mudar significa sofrer e/ou ficar pior
Se dissermos a alguém que vai haver uma mudança na sua vida a primeira reacção é de medo ou mesmo pânico. Mas se pensarmos um pouco sobre o assunto saberemos lógica e intuitivamente que qualquer mudança também pode ser para melhor.
Mito 2 - Morrer significa o fim de tudo ou a ida para um lugar mau
Ninguém conhece ao certo o que se passa no momento da nossa morte. Tanto pode ser o fim de tudo como o princípio de outra coisa. Tanto pode ser a ida para um lugar mau como para um lugar bom. Mas a maioria de nós não consegue imaginar a história da morte contada de maneira que quem parte vá iniciar uma vida nova num lugar melhor que este. E isso pode ser a realidade. E, por isso, tanto podemos chorar e fazer luto com pena e lamento por alguém como podíamos celebrar, com música e alegria a sua promoção para um serviço e para uma outra vida melhor. Qual das histórias você acredita mais? Porquê?
Mito 3 - Saúde significa bons meios para combater a doença
Quando ouve a palavra Saúde qual a palavra ou expressão que sente que lhe está mais associada? Médico, Hospital, Dor, Remédio, Exames, Urgência
ou 
Bem Estar, Alegria de viver, Boa Energia, Harmonia, Equilíbrio e Satisfação.
Uma vida saudável é aquela que fazemos longe dos Hospitais. Porquê tanta preocupação e energia gasta com uma coisa que deve estar longe de nós e tão pouca dedicação à nossa forma de viver com aquilo que está mais próximo de nós?
Mito 4 - Somos totalmente vulneráveis a ataques do meio circundante
Se alguém com gripe se aproximar de si você acha que pode ser contagiado? Todos temos um sistema imunitário que nos protege permanentemente dos milhões de vírus e bactérias que nos circundam a todo o momento. Porque é que uma pessoa com gripe pode romper essa barreira de protecção? Será que é um acto de solidariedade para essa pessoa? Coitada está com gripe! E eu aqui saudável! Não é justo! E pumba! Ficamos doentes. Será?
Apanhar chuva na cabeça, por exemplo, é outra crença comum de que será causa imediata de doença gripal. Mas se for um duche, mesmo de água fria, após uma prova desportiva, já não deverá fazer mal, certo? Quando apanhamos chuva sabemos lógica e intuitivamente que é apenas água na cabeça mas o medo de ficar doente  é tanto que temos que ter um guarda chuva. O negócio dos chapéus de chuva está também relacionado com o conforto de não ficarmos todos encharcados quando andamos à chuva mas observando o comportamento das pessoas ao utilizá-lo parece-me mais um medo de ataque do meio circundante.
Mito 5 - Há peças no nosso corpo que estão a mais e têm que ser removidas. E quanto mais rápido melhor.
Adenoides, apêndice, amígdalas, vesícula, dentes são alguns exemplos de peças que o cidadão comum acredita podem estar a mais no seu corpo e aceita ou melhor, acredita e paga para serem removidas.
Esta crença ganhou uma nova expressão nas últimas décadas com a evolução da cirurgia plástica e hoje retiram-se ou corrigem-se pedaços de nariz, pele, gorduras, ancas, seios e até órgaos genitais.
Mito 6 - Produtos químicos curam
Todos sabemos que o nosso corpo tem um poder regenerativo que permite sarar feridas e até colar ossos partidos. Todos sabemos que as dores vão e vêm. Todos sabemos que a febre é um mecanismo de auto-cura de infecções. Todos sabemos que os alimentos têm propriedades curativas. Todos sabemos que a mente tem um poder enorme na nossa saúde. Porquê então a crença que um produto químico tomado por via oral, venosa ou anal é mais eficaz que nós próprios no nosso equilíbrio de vida?
Mito 7 - Vence o mais forte
Apesar de sabermos que todos morremos, temos a profunda convicção que alguém pode vencer o que quer que seja, a não ser pontualmente, numa situação minúscula do tempo e espaço. Os maiores vencedores são também os maiores derrotados pois passam a vida em competição, ora perdendo ora ganhando. A crença de que o Benfica é um vencedor é ridícula, pois apenas pontualmente, em algumas épocas, comparando com outros clubes, o número de derrotas é ligeiramente inferior ao número de vitórias
Há pois a história que diz que Vence o mais forte e há outra história que nos conta que Vence nesta vida quem não compete e colabora para saborear o melhor que a vida lha dá a si e aos outros.
Imagine agora as duas histórias contadas no momento da sua partida deste mundo e veja qual delas faz mais sentido para si,
Mito 8 - Uma sociedade sem líderes é impossível
Há cerca de 2000 anos Cristo tentou contrariar esta história, em que a grande parte da raça humana ainda hoje acredita e teve que pagar com a própria vida. O mais irónico é que Ele, passados todos estes anos, ainda não morreu. Graças a todas as missas e rituais realizados por milhões de pessoas em todo o mundo há tanto tempo, o amor, como princípio base de uma união social equilibrada, está hoje mais perto de ser aceite e posta em prática pela maioria da humanidade.
Mito 9 - As notícias são verdadeiras
Se um dia descobrisse que metade do que se anuncia nos jornais, rádio e televisão é pura mentira ou tem factos deturpados, ainda continuava a ver o telejornal a todas as horas?
A internet veio trazer uma nova forma de contar as mesmas histórias, contar novas histórias e até contar diferentes versões da mesma história. A realidade ... essa compete-lhe a si tirar as suas próprias conclusões. 
Mito 10 - Se uma história é verdadeira então todas as outras são falsas
Se acreditarmos que estamos sozinhos no universo então todas as histórias sobre extraterrestres não podem ser verdadeiras. Mesmo que sejamos confrontados com alguma evidência de que existem outras formas de vida, este mito não nos deixa acreditar nisso.
Uma história é sempre uma história. Mesmo que tenha sido contada pela nossa avozinha não deixa de ser uma história.

Experimente ver tudo à sua volta com o maior realismo, tentando esquecer as histórias que lhe contaram. E... vai ver...

Os Deuses deixaram-nos criar todos estes mitos para se divertirem à nossa custa com a sua poesia. Não acredite em tudo o que os outros lhe contam, assim como não acredite em tudo aquilo que vê pois o Universo que nos rodeia não passa de uma grande ilusão. Divirta-se também, acreditando em si.
E viva feliz!
:)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Depuralina

Parece-lhe lógico que se você comer menos do que come habitualmente deverá emagrecer? A mim também. É simples não é? Come menos e perde peso.
Mas... e se não conseguir comer menos? E se a gula for mais forte que você? Acha que a solução lógica é comprar e tomar um remédio que lhe provoque diarreia? Que elimine por via anal o excesso de comida que não conseguiu evitar de comer?
Pois eu não acho nada lógico. Especialmente numa sociedade que se diz em crise, e em que mais de metade da população come demais e tem excesso de peso, eu diria que é uma excelente oportunidade para diminuir a quantidade de comida que se consome todos os dias, certo? Em vez de comer à bruta e depois tomar sais de frutos para a indigestão, parece-me que o mais lógico será comer com moderação. Em vez de comer sofregamente, engordar e depois tomar coisas para reduzir o peso, parece-me mais racional reduzir a dose de comida que como por dia, não é?
Ou será que estou a ver mal a coisa? A doença do consumismo de comida continua com o consumismo de produtos dietéticos e depois com o consumismo de tratamentos médicos para os efeitos secundários das dietas e assim por diante... 

Acha que, por exemplo, a solução para um endividamento excessivo é pedir um novo empréstimo para pagar as dívidas anteriores? Não será melhor... simplesmente... reduzir a dívida?
A fuga para a frente ... tem o seu limite e ... um dia ... irá parar ou... então explodir!
É estranho e patético este sucesso da Depuralina não é? Ou dos produtos dietéticos? Ou do crédito para pagar dívidas?

A questão que podíamos agora desenvolver é porque é que as pessoas comem demais. Serão carências? Será stress? Será algum desequilíbrio emocional?
Então talvez se deva começar por esse lado primeiro.
Parece-me que as terapias alternativas (yoga, acumpunctura,...) podem ser uma boa ajuda... para ter a força natural de não comer demasiado.
Mas ... cada um sabe de si e Deus ... é um poeta