segunda-feira, 23 de março de 2020

PandeMarketing


A paranóia do medo chegou de repente a quase toda a população da Terra! Como foi possível? Será apenas um vírus biológico ou também um vírus mental?

É surpreendente ver um planeta a ser sugado de 160.000 litros de petróleo das suas entranhas a cada segundo, a ter 20.000 aviões no ar a cada momento, a consumir 1700 milhões de latas de Coca Cola por dia, onde um jogador de futebol ganha mais de 30 milhões de euros por ano, onde pára tudo por causa de um campeonato do mundo de futebol, da apresentação de um novo modelo de telemóvel 5G ou do lançamento para o espaço de um automóvel elétrico. E achar tudo isto normal.

Por repetição emocional todos somos programados a cada momento a aceitar todo o tipo de coisas mundanas como normais e até agradáveis.

É também com incredulidade que constato que ainda morrem 25.000 pessoas à fome cada dia que passa (mais de 3 milhões desde o início de 2020) e outras tantas por excesso de peso. Bem como mais de 600 mil pessoas que morrem por ano com gripe sazonal. E ninguém fala deste assunto.


Podia enumerar um conjunto infindável de futilidades que nos têm vindo a ocupar a maior parte do nosso tempo nas últimas décadas graças a essa maravilhosa e poderosa ciência moderna: o Marketing! Faz com que nos endividemos por décadas com coisas que não precisamos, que maus produtos sejam líderes de mercado e que alguns dos piores políticos ganhem eleições.

Podia enumerar também uma enorme quantidade de doenças que matam milhões de pessoas todos os anos, como a SIDA que mata mais de 3.000 pessoas todos os dias (ver lista abaixo) e de barbaridades cometidas diariamente, em todo o mundo, sem qualquer preocupação do comum dos mortais.
E eis que, de repente, a humanidade tropeça nessa poderosa arma de manipulação de comportamentos humanos, uma verdadeira ditadura dos tempos modernos aparentemente guiados por ideais de liberdade e democracia. O marketing.

O marketing vira-se viral e violentamente contra a raça humana. A emoção do medo apodera-se de todos os meios de comunicação, da Organização Mundial de Saúde, da classe médica, dos governantes, dos empresários, enfim de toda a população mundial.

E o planeta para, em menos de 1 mês! Por causa de um simples vírus, entre os milhares de espécies já identificados, muitos deles a viverem dentro de nós como o herpes. Ou, melhor, por causa do medo do que um vírus ainda desconhecido poderá vir a fazer.

24 horas por dia em todos os meios de comunicação não se fala de outra coisa. Em casa, no trabalho, na internet, em todo o lado, só há um tema: O Coronavírus!

Não estou a dizer que o assunto não é grave. É gravíssimo. Mas, comparado com milhares de outros temas do planeta e da humanidade parece-me uma coisa com relativa importância. Isto não é apenas uma pandemia, é também um pandemarketing! O tempo o dirá.

Os vírus representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos. Quase 200 mil tipos diferentes de vírus se espalham nos oceanos do mundo, de acordo com um estudo.In Wikipedia
"Mais de metade do corpo humano é composto por bactérias, vírus e fungos" - In JN
"Na água do mar os vírus marinhos aparecem na ordem dos dez mil milhões por litro" - In Mar sem fim.

Claro que vivemos rodeados de vírus todos os dias em todos os locais de uma forma quase sempre pacífica e não nos acontece nada a maior parte do tempo.
Mas, hoje, cada pessoa que morre no mundo com o Coronavírus tem destaque de abertura em qualquer noticiário! Os outros 150.000 que morrem todos os dias continuam a ser completamente ignorados. Isto é de uma irracionalidade muito superior à das 1700 milhões de latas de Coca Cola consumidas por dia ou aos ordenados milionários dos jogadores de futebol.

Há uma solução: Desligar a TV e pensar um pouco nisto. Somos todos seres programáveis pelo marketing e publicidade, mas todos temos o poder de observar os nossos programas. E, com alguma determinação, fugir das repetições emocionais que nos programam os nossos comportamentos.

Claro que é prudente ficar em casa e seguir as normas de higiene recomendadas pelas autoridades. O vírus ainda não está bem estudado. Mas nada de paranóias, ok?
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Mortes este ano, desde 1 janeiro, no mundo:
110.085 de gripe normal
1.726.688 crianças abaixo dos 5 anos
70.928 mães no parto
381,126 sida
1.865.218 cancro
222.046 malária
1.135.104 vítimas do tabaco
587.383 causadas por álcool
243.259 suicídios
283.561 acidentes de viação
2.449.520 de fome
14.716 Covid-19 (total desde dez 2019)
Sources and info: https://www.worldometers.info/ a 23 de março de 2020
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Para tentar sossegar algumas mentes em pânico aqui vão algumas perguntas que gostava de ter resposta:

  • Um vírus chega a ser 1000 vezes mais pequeno que uma célula. Como é possível um ataque? Não será mais um processo de sedução e permissão mútua?
  • Os idosos são mais afetados por causa da idade? Ou por causa das defesas do organismo? E dos inúmeros medicamentos que tomam?
  • Não será tão ou mais importante apostar no reforço do sistema imunitário do que em desinfetantes e máscaras? Porque ninguém fala disso 24 horas por dia?
  • No ar e nos objetos há milhões de vírus. Não é um só, como aparentemente nos vendem. Quantos afinal são precisos para adoecer uma pessoa normal? 100? 1000? 1 milhão? E quantas vezes ao dia?
  • As pessoas normais sempre viajaram em aviões fechados, a respirar o mesmo ar das outras 300 pessoas a bordo, com doenças diversas, durante mais de 10 horas, e não adoeciam. Porquê?
  • Uma pessoa infetada contacta com 10 pessoas, mas só duas ficam infetadas. As outras 8 não ficam, porquê?
  • Como é que mais de 90% das pessoas contaminadas sobrevivem? A maioria sem sintomas graves.
  • Só quando se ultrapassar o número de 3000 mortes em Portugal (hoje 23) e 100.000 (hoje 16.000) no mundo é que podemos dizer que esta estirpe foi uma gripe mais grave? Ou não?
  • Na gripe normal que mata 3000 pessoas por ano em Portugal e tem uma mortalidade de 0,05% quer dizer que 6 milhões de portugueses são infetados todos os anos? E desses quantos estavam vacinados? E se não estivessem?
  • E isso acontece também de uma forma exponencial ao longo dos meses de inverno? Onde estão esses dados para compararmos?
  • Quantas pessoas já morreram de gripe sazonal este ano? Quais as idades mais afetadas? 
  • Os números são para adicionar ao Covid-19 e teremos uns 6000 no total, ou quem morre de uma já não morre da outra?
  • De quem tem que recorrer a um ventilador qual a percentagem de sobreviventes? Ou, perguntando de outra maneira, o ventilador é uma terapia ou um cuidado paliativo?
  • Afinal as diferenças bruscas de temperatura (que debilitam o sistema imunitário e ninguém fala) também contribuem para apanhar o Coronavírus? E o stress? E a poluição? E a alimentação? E o tabaco? E as discussões e humilhações? E o medo? Ou aqui neste caso basta usar mascara e lavar as mãos?
  • Com tanto cuidado com a higiene anti-viral e afastamento social será que este ano vamos ter muito menos doentes de doenças contagiosas no mundo? E as doenças mentais provocadas pelo isolamento forçado vão aumentar?
  • E teremos um ambiente menos poluído e sustentável?
  • E uma economia mais pobre, mas mais amiga das pessoas e do planeta?
  • Ou tudo volta de novo à mesma roda que tínhamos antes, até vir outra pandemia para voltar a desacelerar o mundo?
  • Será tudo isto obra do acaso, de mentes humanas doentes ou… haverá uma inteligência mais inteligente do que os homens? E que é também um poeta!?