sábado, 28 de dezembro de 2013

Meu?


Dizia Einstein que a realidade é uma ilusão... embora muito persistente.

Passa-se algo semelhante com o nosso sentido de posse. Uma coisa que fique perto de nós por muito tempo... começamos a achar que é nossa. A minha casa, a minha mãe, o meu carro, o meu emprego, o meu carro, o meu dinheiro, a minha terra e até o meu corpo, são meus apenas temporariamente. Mesmo com um registo de propriedade devidamente autenticado em notário, tudo o que temos um dia deixará de ser nosso. É apenas uma questão de tempo que nos separa da sua perca. 1 ano, 10 anos, 90 anos?
O nosso corpo por exemplo pertence à Terra.
Porquê então esta necessidade de nos iludirmos com a posse de alguém ou de alguma coisa? Para nos sentirmos especiais? Ou por medo da solidão e do fracasso?
Quem disse que quem possui muitas coisas ou pessoas está bem de vida, tem sucesso e vive acompanhado?
Sabemos hoje pela ciência que a maior parte da matéria visível é composta de espaço vazio. Podemos então dizer que quem mais matéria possui mais espaço vazio lhe pertence, :)

As coisas e pessoas que parecem ser nossas, apenas estão a nosso cuidado durante algum tempo. É como se fosse um aluguer. É como se fosse uma "experiência" como agora se diz. Temos a boleia de um automóvel durante algum tempo ou a experiência de uma casa ou de um emprego ou de uma roupa, tal e qual como um turista quando visita um dado local. Depois mudamos de cidade ou a viagem termina e não vale mesmo a pena perdermos grande energia a pensar no passado. Ele não é nosso. Nada é nosso.
Mudar pode ser para melhor.
Voltar a casa também pode ser bom.
Deus, o amor eterno, a nossa essência ou como quisermos chamar-lhe, pode lá estar para nos receber. E Ele é um grande poeta!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Bebés não vêm do sexo

Conta-se que numa tribo primitiva, quando nascia um bebé, todos pensavam que era uma obra divina. Não sabiam que a origem de tal situação residia num acto sexual realizado 9 meses antes.
Mesmo que alguns elementos mais inteligentes da tribo tenham chegado à conclusão empírica de que os dois acontecimentos, bebés e acto sexual, estavam correlacionados, nunca conseguiram provar à comunidade essa sua teoria. Afinal haviam casos de actos sexuais que não resultavam em gravidez, porque eram realizados em períodos ou com pessoas inférteis e, não havendo uma relação de causa-efeito, 100%
comprovada, com um tempo tão grande entre os dois acontecimentos, não se podia facilmente comprovar que os bebés resultavam do acto sexual entre homem e mulher. O assunto pertencia ao domínio da crença e da fé. Uns acreditavam que fazer amor dava origem a novos seres. Outros achavam que isso era uma perfeita idiotice. Especialmente os homens não deveriam querer que isso pudesse ser verdade para assim se sentirem livres da responsabilidade de serem pais de muitos filhos ao fazerem sexo com o maior número de mulheres.

Só quando se inventou o microscópio e se pode ver um processo de fertilização é que o assunto ficou comprovado cientificamente. Em certas circunstâncias, o sexo produz bebés. Até essa altura, apesar de todas as deduções lógicas comprovadas por gerações e gerações, muitas dúvidas e muitas histórias e crenças subsistiram sobre este assunto. Segundo alguns, a Lua ou o Sol podiam influenciar o processo de fertilização e a gravidez. Segundo outros era Deus que comandava as operações.

A nova ciência que estuda os efeitos da mente sobre a matéria debate-se com este problema de credibilidade pois deverão haver matérias onde o conhecimento científico ainda não chegou que limitam a prova científica de muitas deduções lógicas que se vão tendo em resultado de várias experiências.
A felicidade torna as pessoas mais jovens? O stress mental provoca doenças físicas? Um corpo mais alcalino e oxigenado é mais imune a doenças? A telepatia existe? A mente pode influenciar a evolução da matéria? E a emoção? Se as células do nosso corpo se renovam todas ao fim de alguns meses porque é que certas doenças crónicas se mantêm? A cura à distância ou através de oração, comprovada em algumas situações, funciona de que maneira? Como funcionam as curas espontâneas de certas doenças consideradas incuráveis pelos médicos? Como funciona o efeito placebo? De onde vem a inspiração e a criatividade? Para onde vamos quando morremos? Existem seres de outros planetas? E de outras dimensões?

Poderão algumas coisas que dominam a nossa vida actual estarem relacionadas com algo que ocorreu há 9 dias, há 9 meses ou há 9 anos atrás? E se for há 9 vidas atrás?

Para tentar explicar tudo isto, teoriza-se sobre um campo de energia do ponto zero que liga tudo e todas as coisas, numa lógica de espaço e tempo desconhecida, ou sobre a existência de antimatéria, ou sobre a teoria das cordas que ligam várias dimensões mas, na verdade, não se conhecem os detalhes como por vezes certas coisas funcionam e outras vezes não. E, por isso, tentam descredibilizar-se algumas das descobertas ou suspeitas mais recentes da ciência. É mais seguro manter as coisas à moda antiga mas algumas verdades científicas do passado estão a ficar muito difíceis de manter. Só uma mudança de percepção permite observar alguns dos milagres que a nova ciência está a apontar.

A relutância de aceitar algumas das novas descobertas científicas é muito semelhante à crença dessa tribo primitiva de que os bebés vinham por acaso ou por magia. 

Afinal, pensando bem, cientificamente falando, continua a não haver uma verdadeira relação 100% de causa efeito entre sexo e bebés. Por isso podemos dizer que, à luz do método científico mais ortodoxo, não se pode provar que os bebés vêm do sexo. É Deus, esse poeta, que faz tudo acontecer, umas vezes sim e outras vezes não, não é?