sábado, 23 de maio de 2015

Boas emoções curam

Muitas das emoções que sentimos têm efeitos fisiológicos nocivos, desde os mais simples e inofensivos como as batidas cardíacas mais rápidas, respiração profunda ou suores frios até às mais nocivas como a falta de ar, falta de apetite, desmaios, dores agudas, erupções na pele ou estados depressivos. Uma emoção como o medo ou a raiva vivida durante algum tempo pode provocar desde tensões e espasmos em vários músculos e orgãos internos como o cólon, o estômago ou o fígado, provocando dores e a segregação exagerada de diversas hormonas internas.

Algumas hormonas como a somatotrofina segregada pela hipófise ativa o nosso sistema imunitário. Ela é importante quando somos infetados por bactérias ou vírus e isso tudo bem. Mas quando é segregada pelas emoções sombrias de tristeza e desespero ela ativa um falso alarme que pode provocar efeitos negativos como a asma ou outro tipo de alergias.
Outra hormona também segregada pela hipófise é a adrenocorticotropina que provoca um aumento de produção de energia interna. No entanto, se for segregada prolongadamente, por consequência emotiva, irá provocar danos diversos como úlceras pépticas além de debilitar o sistema imunológico. É por essa razão que são apontados os estados de stress prolongados como os responsáveis pelo aparecimento de muitas das doenças atuais.

Como a medicina ocidental foca-se essencialmente no tratamento dos efeitos observáveis por análises químicas e imagens radiográficas, a probabilidade de efeitos secundários é enorme. Por exemplo ao tratar uma alergia com cortisona é provável que ao diminuir a alergia se debilite o sistema imunitário e apareça uma gripe. Depois ao combater a gripe com analgésicos os rins são afetados e assim por diante.
A fibromialgia que pode resultar apenas de uma hipersensibilidade à dor, provocada por estados de stress causadores de tensões musculares em vários pontos e não ser nada de grave, é um outro perigoso ponto de partida para o início de um processo de medicamentação compulsiva.

É provável que a doença emocional seja a principal causa do início do processo de ingestão de produtos químicos sucessivos e, eventualmente de uma das principais causas de morte da nossa sociedade atual: a toma exagerada de medicamentos, a chamada doença iatrogénica.

Fomos treinados pela família e pela escola a desenvolver o nosso raciocínio, memória e conhecimento científico mas pouco foi ensinado para treinarmos a mente a focar-se em pensamentos e sentimentos positivos. Uma alegre a agradável disposição e atitude perante a vida, o mundo e os outros, atrai felicidade e vale mais que todas as riquezas do mundo. Emoções fundamentais felizes acompanhadas de exercícios físicos e de relaxamento mental, fazem o corpo funcionar melhor, em harmonia celular e lidar melhor com todos os imprevistos de ordem diversa, que sempre acontecem.

Deus fez um corpo que gosta de boas emoções. Por isso colocou à nossa volta o sol, a lua, as flores, a água, o ar, os animais, as crianças, as paisagens naturais deslumbrantes e muitas pessoas alegres e de bem com a vida. Sem perder a noção do realismo dual, basta focarmos mais a nossa atenção e perceção nessa direção para vivermos mais felizes e saudáveis.

Sugiro que leia a obra "Como viver 365 dias por ano" - John A. Schindler clicando aqui

O nosso cérebro bipolar

Pela experiência da neurocientista Jill Bolte Taylor que teve um AVC aos 37 anos e recuperou totalmente ao fim de 8 anos, podemos suspeitar que o nosso cérebro tem dupla personalidade. Por um lado ele nos dá a sensação de que somos um com o todo, intuitivos, felizes, pacíficos, emocionais e amorosos, intemporais e divinos e, por outro, somos analíticos, críticos, racionais, temporais e terrenos, materiais e limitados. É o lado direito do cérebro que parece conduzir o nosso feitio mais espiritual e o lado esquerdo, onde a Jill sofreu o derrame, a nossa personalidade mais pragmática que predomina na nossa vidinha do dia a dia.

Os vídeos abaixo, o livro "A cientista que curou o seu próprio cérebro" e a entrevista da cientista à Oprah Winfrey dão-nos uma explicação científica (e não só) muito interessante da nossa existência dual, porque sentimos o que sentimos em muitas situações ao longo da vida.

1ª parte

2ª parte

E se tudo isto, mesmo assim, for apenas parte do sonho, do filme que o poeta Deus quis que nós experienciássemos aqui na dualidade? O absoluto é uma questão de fé.