segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Vimos das estrelas

Qual a razão de existirem (pelo menos) 118 elementos químicos? 
Cada um deles, um átomo, com um número específico de protões e igual número de electrões, desde o hidrogénio com 1 até ao Ununoctium com 118, foi até há pouco tempo um mistério da ciência, no que diz respeito à sua origem. 
Ao observarmos o espaço cósmico deparamos com uma infinidade de estrelas que são constituídas essencialmente por hidrogénio (1 protão) e hélio (2 protões). É da fusão atómica do hidrogénio para hélio que se liberta o elevado calor produzido pelas estrelas. 
Então porque existe tanta variedade de elementos? 
A ciência acredita hoje que é das gigantescas explosões das estrelas, chamadas de supernovas, que se formam todos os outros átomos e, portanto, os elementos químicos existentes no nosso planeta e noutros planetas do universo. Nessas explosões estrelares violentas, com pressões e temperaturas extremas, os protões juntam-se uns aos outros em diferentes unidades, dando assim origem aos vários elementos químicos. Nos átomos que ficam com 6 nasce o carbono, com 8 o oxigénio e, por exemplo, com 79 o ouro. No nosso planeta abunda o carbono, a água (oxigénio e hidrogénio)o azoto, o ferro, o silício e o sódio entre outros, sendo muito mais raro o ouro a platina e o titânio. No corpo humano abundam muitos dos elementos químicos da tabela periódica, sendo o carbono, o oxigénio e o hidrogénio (a água) predominantes. 
Somos pois, feitos de pó das estrelas. 
Numa versão menos romântica, somos... uma espécie de lixo nuclear das supernovas. 
Na explosão e morte dessas estrelas nasce pois a vida química que conhecemos com toda a variedade de elementos e átomos. A estrela destruída evolui então para um quasar ou para um buraco negro conforme a sua dimensão, deixando ao seu redor uma nuvem de elementos químicos e de vida. A vida e a morte em ciclo constante... Deus a fazer a sua poesia...