Três palavras mudaram a civilização democrática mundial. Repetidas imensas vezes ao longo do dia, durante muitos meses, em todos os meios de comunicação, estas palavras poderosas arrastaram a sociedade civil e quase todos os governos democráticos para medidas ditatoriais há muito esquecidas. Repressão sobre a liberdade de expressão, liberdade de movimentos, restrições de venda de alguns produtos e serviços essenciais, levando muitas famílias e negócios à miséria, e à ineficiência perigosa de alguns serviços de saúde. A imposição de confinamentos e distanciamento social durantes muitos meses tal como a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os locais, incluindo na rua ao ar puro, provocaram danos, alguns irreparáveis, no domínio da saúde mental e das vias respiratórias, em várias faixas etárias da população, especialmente nas crianças e idosos.
Mesmo nesta situação aparentemente catastrófica algumas coisas ficaram melhores e alguns negócios melhoraram significativamente. Com a redução significativa das viagens, sobretudo as aéreas, o ambiente e o clima respiraram um pouco de alívio. E com muita gente fechada em casa o negócio das entregas de mercadorias explodiu. Outros negócios como o dos supermercados, das telecomunicações, dos computadores, webcams e microfones, do software, das vendas online, das máscaras e dos medicamentos, sobretudo das vacinas e testes, também prosperaram como nunca.
Vamos conhecer melhor cada uma dessas palavras mágicas que parecem ter saído de um qualquer compêndio demoníaco de marketing. A repetição constante de uma qualquer ideia, mesmo que seja mentira, transforma-se em verdade social.
NOVO
Um vírus sazonal que é identificado em dezembro, que é de uma dada família já conhecida há décadas, a família corona, a mesma da gripe, e que em março do ano seguinte já tem centenas de variantes e tem um taxa de letalidade equivalente aos seus familiares, poderá ser ainda chamado de NOVO? Hoje, com estudos que apontam que este vírus já circulava no ambiente há mais de dois anos, sabendo que conta com mais de 4000 variantes conhecidas e que se tornará endémico com o tempo, com ou sem vacina, porque ainda se utiliza a palavra NOVO quando se fala dele? Esta palavra tem um efeito atormentador. Será por acaso a insistência contínua no uso desta palavra em toda a comunicação pública e social?
Outra consequência perversa desta palavra é a imagem de que se trata de um vírus fixo. E não é verdade. Os vírus desta família são mutantes por natureza. Ou seja, é continuamente novo. Pois está sempre a mudar. Por isso as vacinas (que já existem desde 1932) nunca foram eficazes e estão sempre a mudar. Não existe uma vacina fixa para um vírus que está sempre a mudar. Será que a ideia é criar, não uma vacina, mas um processo de vacinação constante? Quando apareceram os antivírus para os computadores a ideia inicial era vender um pacote de software mas depois o negócio evoluiu para uma renda, uma prestação constante, um negócio permanente. NOVO vírus, sempre novo, quererá dizer NOVA vacina sempre nova? Para o resto da vida? De toda a população da Terra?
CASOS
O que é um CASO? Já se questionou? O teste RT-PCR foi inventado como uma forma estatística de avaliar a presença e evolução de um dado vírus numa sociedade. E com isso tomar medidas preventivas para evitar o colapso dos serviços de emergência hospitalar. Se fizermos 1000 testes e encontrarmos 100 positivos isso quer dizer que cerca de 10% da população estrará infetada. Isto não quer dizer que esteja doente. E também não quer dizer que apenas as 100 pessoas que testaram positivo devem ser isoladas do resto do mundo como se de leprosos se tratassem.
Quem sabe um pouco de estatística e matemática percebe facilmente que se fizermos 10 mil testes em vez de mil, certamente teremos 1000 casos positivos, ou seja os mesmos 10%. Se fizerem 20 mil testes irão detetar 2 mil casos e por aí adiante. O número de casos positivos está correlacionado com o número de testes. Então porque raio só se fala em CASOS e não em percentagens, função dos testes realizados? Quando se fala num aumento de 500 casos num dia porque não se fala no aumento de 5000 testes no mesmo dia?
A consequência perversa desta palavra, ao se referirem apenas os números em absoluto e não os números relativos, é criar um ambiente de pânico social contínuo e de associar determinados eventos a certas consequências, apenas manipulando o número de testes. CASOS é uma palavra que não tem qualquer sentido absoluto. Apenas a relação CASOS/Testes tem alguma validade científica e lógica. CASOS, em absoluto, tem somente um sentido político e um efeito poderoso de marketing.
PANDEMIA
Num país com mil e quatrocentos milhões de habitantes onde morrem habitualmente por ano 11 milhões de pessoas qual o número de mortes que indiciam a existência de uma pandemia? mil? dez mil? ou 1 milhão? Como é que números na ordem dos milhares de mortos (mesmo com as restrições de informação que sabemos) levam a população de todo o mundo a acreditar que há uma pandemia na China? E a acreditar em estudos, posteriormente desmentidos do Imperial College, de que iríamos ter milhões de mortes na Europa? E a acreditar na opinião da OMS, baseada em dados pouco fiáveis de testes iniciais, repetindo os mesmos erros quando da gripe das aves em 2009?
A consequência perversa da utilização repetitiva desta palavra PANDEMIA, associada a imagens de pessoas a desmaiar na rua e a filas de carros funerários e valas com caixões foi criar uma sensação de medo e um paralelo com a gripe espanhola, de 1918 levantando fantasmas há muito esquecidos no pó da história.
Pandemia e crise pandémica são expressões que entraram na comunicação diária de toda a gente e nunca mais saíram. Mas será que têm algum fundamento com todos os dados que temos hoje? Em Portugal a flutuação de mortalidade anual, mesmo com todas as medidas draconianas de distanciamento social, restrições de movimentos e cortes brutais nos serviços de saúde, é na ordem dos milhares. Num país com 10 milhões de habitantes será legítimo falar de uma pandemia de milhares de pessoas? Então porque se continua a utilizar essa palavra? Não seria mais adequada a palavra EPIDEMIA, por exemplo?
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Há ainda uma outra palavra com um efeito pernicioso que é a palavra DE. Se fizéssemos testes, em massa, aos diabetes de uma dada população e considerássemos como causa de morte, em todas as mortes, a diabetes, sempre que o falecido tenha tido um teste positivo, poderíamos estar a viver, todos os anos, uma pandemia de diabetes. Usar a palavra DE em vez da palavra COM, porque na realidade as pessoas morrem de várias causas e, por acaso, algumas COM diabetes, tem um efeito atormentador da população e amplia de forma desproporcionada a existência dessa doença nessa população.
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Toda esta situação será julgada pela história. E também por Deus. Este pesadelo que estamos a viver deve ter algum sentido poético que só o tempo irá revelar.